A Comissão de Relações Exteriores e Direito Internacional da Câmara Municipal de Corumbá está pedindo apoio do Senado e da Câmara Federal, para tentar solucionar a crise que se agrava na região com o fechamento da fronteira da Bolívia com o Brasil, devido à greve no país vizinho, impactando a economia em especial de Corumbá e municípios bolivianos localizados na região fronteiriça.
Na quinta-feira, 11 de novembro, o presidente da Comissão da Câmara, vereador Chicão Vianna, encaminhou ofícios aos presidentes das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal, senadora Kátia Abreu, e da Câmara, deputado federal Aécio Neves, pedindo apoio para que “o nosso país buscasse meios de iniciar tratativas visando auxiliar o país vizinho no abrandamento da possível crise institucional que se aflora”.
O vereador lembrou que se trata de um assunto fronteiriço, de competência da União, e que por isso mesmo, pediu que tanto o Senado como a Câmara Federal, analisem o pedido, para assim “evitarmos maiores prejuízos econômicos às duas nações”.
No documento, o vereador fez uma explanação sobre a situação, explicando a série de protestos e greves por todo território boliviano que culminou com o fechamento das fronteiras.
“Todos estão preocupados com a situação, com os protestos que ocorrem em decorrência da aprovação de uma série de atos do Poder Executivo daquele país, dentre eles, a principal, a Lei 1.386, que legisla sobre a Estratégia Nacional de Combate à Legitimação de Lucros Ilícitos e Financiamento do Terrorismo, também chamada de Lei Materna”, explicou.
Chicão observou que, inúmeros setores da sociedade boliviana acreditam que a citada lei é um mecanismo autoritário de controle do governo sobre as finanças dos cidadãos.
“Sabemos que a Bolívia é soberana para buscar meios de amenizar a situação delicada que atinge seu território, entretanto, a divisa corumbaense é um dos maiores portais de importação e exportação por meio terrestre existente ao longo de toda linha fronteiriça brasileira, e o bloqueio fronteiriço está sendo deveras prejudicial à economia de ambos os países”, continuou.
Por isso mesmo, ele pediu apoio do Senado e da Câmara Federal, para buscar meios no sentido de amenizar a crise que já está afetando não só a economia corumbaense, mas também das cidades fronteiriças.
“É uma preocupação de todos nós, não só de Corumbá, mas de outras cidades brasileiras que estão sofrendo o mesmo problema. Precisamos buscar alternativas para controlar essa crise que afeta as duas nações”, enfatizou.
A Comissão de Relações Exteriores e Direito Internacional é integrada também pela vereadora Raquel Bryk, 1º membro; Manoel Rodrigues, 2º membro; Yussef Salla, 1º suplente; e Allex Dellas, 2º suplente.