Quatro dias antes de se reunir com técnicos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do Rio de Janeiro, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) admite que é possível acabar com a obrigatoriedade do uso de máscaras em Campo Grande. Decreto impõe a medida desde junho de 2020.
Na cidade do Rio de Janeiro, a gestão liberou a população das máscaras em locais abertos, já que atingiu 65% de imunização contra a covid-19.
Em Campo Grande, o chefe do executivo destaca que a decisão final ocorrerá em conjunto com o comitê de operações emergenciais da pandemia de covid-19, que se reúne na próxima segunda-feira (1º) com a Fiocruz. Marquinhos disse, durante entrevista na Rádio UCDB, que a retirada das máscaras pode estar próxima desde que haja seguridade e amparo da ciência.
“É possível imaginar sim, de maneira lenta e gradual. Há alguns meses era uma dificuldade fazer o cidadão colocar a máscara, agora, não querem tirar a máscara. Então, você fica numa situação, em que sempre nas tomadas de decisões alguns batem palmas e outros atiram pedras. É a ciência quem vai decidir. Vivemos em um caminho de incerteza nessa pandemia, sempre as pessoas buscavam acertar com o mesmo objetivo de cuidar e salvar vidas. Mas o vírus mutou, vieram variantes e dificuldades. Tínhamos incertezas inicialmente até sobre a vacina, ou seja, as decisões tomadas, são por orientações”.
Marquinhos explicou que foram várias fases da pandemia e que Campo Grande tem quase 65% da população imunizada e 90% das pessoas tomaram a primeira dose da vacina.
“Ainda não temos essa decisão. Vamos nos reunir com nosso grupo técnico, para decidir em conjunto e não de maneira unilateral. Tiveram vários momentos: aqueles que pedimos para ficar em casa, aqueles com diminuição da capacidade de atendimento, momento do toque de recolher por causa das aglomerações e contatos físicos da vida noturna, e, neste momento de tempo, boa parte da ciência já admite”.
Entre as regras está o percentual de imunizados e número de pessoas em um mesmo espaço.
“Quando o município tiver 65% da população imunizada com 1ª e 2ª dose é possível ir liberando as máscaras apenas em locais públicos e sem aglomeração. Acima de 500 pessoas é exigido a máscara mesmo em espaço livre”, finalizou Marquinhos.