Se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a preferência no segundo turno em 11 dos 12 cenários apontados na quarta edição da pesquisa da Modalmais/Futura Inteligência divulgada nesta quarta-feira (27/10). O petista mantém vantagem ampla sobre o presidente Jair Bolsonaro e só não venceria as eleições no cenário em que ele não é citado como candidato. Já Bolsonaro só consegue se eleger se Lula não concorrer.
O resultado da pesquisa mostra que, apesar do leve recuo na preferência dos entrevistados, em um eventual segundo turno, Lula venceria Bolsonaro em 49,2% dos votos contra 37,4%. Brancos e nulos tiveram 12,4% das respostas. No mês anterior, a vantagem do petista era maior, de 49,7%, enquanto o atual presidente tinha 35,3%.
De acordo com o levantamento divulgado pela Modalmais, a polarização entre Lula e Bolsonaro persiste e, em nenhum dos cenários avaliados, há um nome da terceira via com capacidade de vencer Lula ou Bolsonaro, na atual conjuntura.
O mais beneficiado em uma eventual saída de Bolsonaro do páreo é o ex-juiz e ex-ministro da Justiça do atual presidente Sergio Moro, que deverá filiar-se ao Podemos. Nesse cenário, Lula teria 39,9% dos votos e Moro, em segundo lugar, teria 15,3%, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 11,2%. Na sequência, governador de São Paulo João Dória (PSDB), com 4,1% da preferência, e o senador mineiro Rodrigo Pacheco, que acaba de se filiar ao PSD, com 1,4%. Contudo, vale destacar que brancos nulos têm a segunda maior votação: 25%.
Já em um eventual cenário sem Lula, o maior beneficiado seria Ciro Gomes, que conseguiria 20,2%, menos do que Bolsonaro, com 32% da preferência. Em terceiro lugar, Sergio Moro, teria 13,5%, seguido por Datena, com 10,1% e Eduardo Leite, com 3,8%.
A enquete mostra que a Bolsonaro lidera o ranking de rejeição, com 49,3% seguido por Lula, com 39,8%; e por João Dória, com 20,4%. As menores rejeições são de Eduardo Leite (PSDB-RS), de 11,9%, e de Rodrigo Pacheco, de 11,2%.
Conforme os dados dos pesquisadores, foram entrevistados, por telefone, 2 mil eleitores entre os dias 19 e 22 de outubro. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais.