O vereador Sandro Benites (Patriota) se empolgou durante as discussões sobre a manifestação prevista para o dia 7 de setembro a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o STF (Supremo Tribunal Federal).
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (31), com um chapéu de palha e envolto na bandeira do Brasil, o parlamentar fez som referente a um mugido e, no fim da fala, ainda tentou tocar um pequeno berrante. Tudo foi para reclamar de ofensas que diz ter recebido de “colegas” contrários ao movimento.
“Para aqueles que acham que me ofendem me chamando de gado, nós hoje, vamos abrir a porteira para o gado verde e amarelo. Estaremos juntos no maior movimento da história. Para os que pensam que me ofendem ‘muuuuuuu’”, disparou o vereador.
Benites disse que tem ouvido ofensas e, por isso, resolveu fazer o trocadilho com a palavra gado, geralmente, usada por opositores do presidente da república. O vereador disse ainda que há pessoas falando que “o movimento não é de Deus”, por isso, informou que pastores de diversas denominações e representantes da igreja católica já confirmaram presença no manifesto.
“Nós, os gados de verde e amarelo de Campo Grande, de Mato Grosso do Sul e do Brasil, estamos começando um grande movimento na data de hoje. Vou convocar todos com nosso típico berrante aqui e que a gente se sinta não humilhados, mas exaltados para que a gente possa estar juntos em verde e amarelo”, disse o vereador antes de assoprar o berrante.
O parlamentar disse que haverá reunião na Câmara amanhã, para tratar do assunto e na próxima terça-feira (7), às 10h, estará na manifestação. “Quem é contra, deixe livremente as pessoas que querem se manifestar. Esse é o movimento da democracia. Sem ofensas e sem brincadeiras de mal gosto”, disse.
O vereador Marcos Tabosa (PDT) questionou o colega. “A família brasileira está sob ataque?”. De pronto, Benites respondeu que sim. Em seguida, Valdir Gomes (PSD), se manifestou contra a mistura de religião com política nas discussões.
O vereador Ayrton Araújo (PT) fez questão de dizer que apesar das divergências, os colegas se respeitam na Câmara.
“O senhor está convocando para um movimento que há muitos anos sempre fizemos na esquerda, o movimento da paz, da harmonia, pela vida, pela comida na mesa e vacina no braço. Vamos colaborar com nossa nação, que perdeu mais de 580 mil pessoas para a covid-19, com esse desgoverno”, disse o petista.
7 de setembro
O dia deve ter duas manifestações. O “Grito dos Excluídos” quer contrapor “Grito da Independência”, movimento convocado por apoiadores de Bolsonaro. Os manifestantes querem demonstrar o apoio ao presidente e protestar contra o STF.