Um empresário dono de uma confecção de roupas na cidade de Adamantina, interior de São Paulo-SP, tornou-se alvo de investigação pela Polícia Federal, após denúncia de que supostamente ele estaria mantendo bolivianos em uma residência em condição análoga à escravidão.
Nesta quinta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Eratos apreendendo documentos e celulares para compor o inquérito policial.
Conforme a investigação, os estrangeiros (muitos em situação ilegal no país), eram aliciados com promessa de emprego e bons salários no estado e saiam por via terrestre, principalmente pela fronteira do Brasil com a Bolívia em Corumbá, para prestarem serviços ao acusado, no ramo de confecção de roupas.
A ação teve apoio da Delegacia Seccional de Polícia Civil de Adamantina e da Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Presidente Prudente.
Segundo a Delegacia de Polícia Federal de Marília, ao longo das buscas foram apreendidos documentos e celulares. Ainda, foram realizadas diligências pelos auditores-fiscais para instrução de procedimento fiscalizatório instaurado na campo administrativo.
Na ocasião, a Unidade de Polícia de Imigração da Polícia Federal realizou a verificação da situação migratória dos moradores do local, e procedeu com a notificação dos que se encontravam em situação irregular.
O nome da operação faz alusão a parte do nome de um dos auditores assassinados em Unaí (MG), Eratóstenes de Almeida Gonsalves, quando investigavam denúncias de trabalho escravo.
*Com informações comunicação social da Polícia Federal em Marília