Adolescente que denunciou estupro durante corrida de aplicativo na capital, mentiu para Polícia

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A adolescente de 15 anos, que procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) no fim de semana para denunciar ter sido vítima de estupro em carro de aplicativo, mentiu, ao menos sobre uma parte do que aconteceu com ela na noite de sexta-feira, dia 23. A versão do motorista foi comprovada por meio de imagens de câmera de segurança.

De acordo com a delegada Franciele Candotti, que apura o caso pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), “a história que ela conta não condiz com o que realmente aconteceu”.

Sem dar mais detalhes, a delegada confirmou ainda que a versão do motorista é verdadeira. Supostamente envolvido no caso de agressão sexual, uma vez que segundo o depoimento da vítima à Deam, o condutor do carro de aplicativo teria sido conivente e ainda orientado o estuprador a não deixar marcas no corpo da adolescente, o homem foi levado à Deam na madrugada de sábado para domingo.

Ele deu sua versão, segundo a delegada Bárbara Camargo, e deixou com os investigadores o celular e o carro que dirigia, um Fiat Argo Drive de cor prata. O suspeito disse que a corrida solicitada por meio da plataforma que conecta motoristas e passageiros não era compartilhada, como afirmou a garota. Narrou ainda que a buscou num endereço e a deixou em frente a um condomínio, onde um rapaz a esperava.

“A versão dele é verdadeira. O motorista do aplicativo nada fez com essa menina, só a conduziu da casa dela até determinado local. Não cometeu nenhum crime contra essa moça e não havia nenhum passageiro nesse carro, só ela”, garantiu a delegada da DEPCA.

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Advogada Jéssica Gamarra, que acompanhava o motorista de aplicativo, em entrevista (Foto: Kísie Ainoã)

O motorista prestou depoimento e foi liberado. O carro, que estava apreendido, também. A advogada Jéssica Gamarra, que acompanhava o trabalhador autônomo, levou à DEPCA as imagens das câmeras de segurança do residencial, localizado no Bairro Monte Castelo, onde o cliente dela havia deixado a adolescente e provou a inocência dele.