Corumbá (MS)- Um dado divulgado pelo boletim epidemiológico municipal de Corumbá, reforça a importância da imunização em massa que contempla toda população adulta acima dos 18 anos na cidade.
De acordo com os dados levantados pela reportagem do Folha MS, dos últimos 100 casos confirmados de Covid-19 na cidade, 90% são de pessoas na faixa etária abaixo dos 60 anos. Apenas 10 pacientes possuem idade a partir de 61 anos, segundo os dados divulgados.
O número representa 77% do total de casos registrados na cidade apenas nos últimos dias. Desse grupo de pessoas mais jovens, quatro precisaram ser hospitalizadas em leitos clínicos, e dois de 44 e 38 anos, com casos mais graves estão no CTI. O boletim aponta ainda um óbito, nesta faixa etária.
Outro fato que reforça a preocupação com a imunização familiar é número de crianças e adolescentes contaminadas nestes últimos 100 casos, que compreendem os dados do dia 28 de junho até 02 de julho.
Conforme apurado, cinco adolescentes com idades entre 15 e 17 anos e oito crianças entre 0 e 12 anos figuram entre os contaminados. O boletim registra entre este público infantil, dois bebês de 0 anos e um de um ano.
Efetividade da Vacina
Por outro lado, a estatística comprova a efetividade da vacinação em curso no país que em um primeiro momento, contemplou pessoas em faixa etária mais avançada e que figuravam até então, entre as principais vítimas da Covid-19.
Com o avanço da vacinação nestes grupos prioritários aliado a mutação do vírus, o cenário mudou e pessoas em faixa etária mais jovens, passaram a ser as mais afetadas pela doença. Os dados comprovam que ao serem vacinados, os grupos que anteriormente eram acometidos gravemente pela Covid-19, passaram a registrar formas mais brandas da doenças além de uma queda significativa de casos graves e óbitos.
O Estudo
Encabeçado pelo infectologista Júlio Crodda através do grupo VEBRA COVID-19, o estudo tem o apoio da Opas (Organização Pan Americana da Saúde) e é composto por diversas instituições, como Fiocruz, UFMS, Stanford University, Yale university, Instituto de Salude Global de Barcelona, Universidade da Florida, entre outras.
Júlio Crodda explica que o estudo será de extrema importância. As 165,5 mil doses não estavam previstas na distribuição regular da vacina. “Elas virão exclusivamente porque existe uma pesquisa apoiada pelo Ministério da Saúde. Ou seja, são doses adicionais de vacina, principalmente para gerar evidência científica para o Brasil e para o mundo da efetividade da vacina da Janssen para a nova variante Gamma (P1)”, conclui o infectologista.