Serrana (SP) tem queda de 95% nas mortes após vacinação em massa

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Estudo foi realizado na cidade de Serrana no interior paulista / Foto: internet
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  • Post publicado:6 de julho de 2021

Um estudo realizado pelo Instituto Butantan na cidade de Serrana, em São Paulo, traz esperanças para o fim da crise pandêmica da Covid-19. A aplicação da vacina Coronavac reduziu em 95% as mortes da cidade ocalizada no interior do Estado de São Paulo. As internações caíram 86% e os diagnósticos de casos sintomáticos diminuíram 80%.

No “Projeto S”, como ficou conhecido o estudo, a população da pequena cidade recebeu a vacina do Butantan feita em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac.

Ao atingir-se uma cobertura vacinal de aproximadamente 75% da população adulta do município, foi possível controlar a epidemia no local“, informou o Butantan. Foram quase 28 mil adultos vacinados.

A redução das mortes, dos casos e das internações foi aferida por meio da comparação dos dados notificados desde o início do projeto até a conclusão da vacinação de todos os grupos prioritários com os três primeiros meses de 2021.

Os resultados também mostraram que a vacinação protege tanto os adultos que receberam as duas doses do imunizante quanto as crianças e adolescentes com menos de 18 anos, que não foram vacinados.

Um dos grandes desafios do estudo foi que aproximadamente 10 mil dos 28 mil adultos vacinados transitam entre Serrana e Ribeirão Preto, região próxima e de muitos registros de casos da Covid-19. Enquanto Ribeirão Preto e outras cidades vizinhas continuaram apresentando alta nos casos da doença, Serrana manteve taxas baixas de incidência.

Estudo de fronteira

A região fronteiriça de Mato Grosso do Sul, em um total de 13 municípios que fazem fronteira com a Bolívia e Paraguai, foi escolhida como cenário para o maior projeto de pesquisa realizado para imunização contra covid-19 no país. Para estas cidades, um quantitativo de 165,5 mil doses do imunizante da Janssen foram destinadas para imunizar toda população adulta acima dos 18 anos.

Encabeçado pelo infectologista Júlio Crodda através do grupo VEBRA COVID-19, o estudo tem o apoio da Opas (Organização Pan Americana da Saúde) e é composto por diversas instituições, como Fiocruz, UFMS, Stanford University, Yale university, Instituto de Salude Global de Barcelona, Universidade da Florida, entre outras.

Júlio Crodda explica que o estudo será de extrema importância. As 165,5 mil doses não estavam previstas na distribuição regular da vacina. “Elas virão exclusivamente porque existe uma pesquisa apoiada pelo Ministério da Saúde. Ou seja, são doses adicionais de vacina, principalmente para gerar evidência científica para o Brasil e para o mundo da efetividade da vacina da Janssen para a nova variante Gamma (P1)”, conclui o infectologista.