PF investiga desvio de recursos públicos em ações de enfrentamento ao COVID-19 no Amazonas

No momento, você está visualizando PF investiga desvio de recursos públicos em ações de enfrentamento ao COVID-19 no Amazonas
Foto: Divulgação PF
  • Autor do post:
  • Post publicado:2 de junho de 2021

Amazonas- A Polícia Federal deflagrou a quarta fase de uma operação que apura a suspeita de fraudes em licitação e desvio de recursos públicos destinados ao combate da Covid-19 no Estado do Amazonas.

Um dos alvos da operação é o governador do Estado, Wilson Lima. Nesta quarta-feira (2), policiais estiveram na casa do governador em cumprimento a mandado de busca e apreensão e também na sede do governo, além da casa do secretário de saúde Marcellus Campêlo. A casa do dono do Hospital Nilton Lins e o hospital também estão na lista.

No total, estão sendo cumpridos  19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária nas cidades de Manaus e Porto Alegre, além de sequestro de bens e valores.

Crimes

Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de campanha. De acordo com os elementos de prova, ele não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia COVID-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.

Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.

Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.