Demora na procura de atendimento leva pacientes de Covid-19 aos hospitais em estado grave

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  • Post publicado:29 de maio de 2021

O Boletim Oficial Covid -19 da Secretaria de Estado de Saúde, desta sexta-feira (28) trouxe o registro recorde de 17.985 pessoas em isolamento domiciliar. Este alto índice, somado ao aumento da taxa de letalidade para 2,4, de acordo com o secretário de Saúde, Geraldo Resende, é indício de que os doentes estão demorando muito a procurar uma unidade de saúde.

“Os pacientes estão chegando aos hospitais com casos muito graves da doença”, explicou. Nas últimas 24 horas mais 857 pessoas testaram positivo para o coronavírus, número atípico que não reflete a realidade atual, segundo Resende, em virtude da quantidade de exames em andamento (2,407) no Lacen e dos 8.706 casos sem encerramento nos sistemas dos municípios.

Com média móvel de 1.556,9 e taxa de contágio em 1,05, os municípios que mais registraram novos casos nas últimas 24 horas foram: Campo Grande + 227; Dourados +112; Corumbá +52; Três Lagoas +40 e São Gabriel do Oeste +37.
Os 56 óbitos registrados no dia de hoje ocorreram em 27 municípios. Em Campo Grande 21 pacientes perderam a luta para a doença. Ponta Porã, Amambai, Aquidauana, Bonito, Chapadão do Sul, Corumbá, Fátima do Sul e Três Lagoas tiveram 3 mortes em cada uma.

As cidades que registram o óbito são: Anastácio, Antônio João, Bataguassu, Bodoquena, Brasilândia, Caarapó, Costa Rica, Coxim, Ivinhema, Jardim, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nova Andradina, Ribas do Rio Pardo, Rio Verde do Mato Grosso, Sidrolândia e Vicentina. Ainda faltam a conclusão de outros 13 óbitos.
Internação e ocupação hospitalar
O Boletim registrou .1263 internações, sendo 760 em leitos clínicos (564 públicos e 196 privados) e 503 em leitos de UTI (375 públicos e 128 privados). Estão em fila de espera por um leito 244 pacientes em todo o Estado.

O aumento no número de internações, de acordo com a Secretaria Adjunta, Christine Maymone, deixa claro que não estamos cumprindo bem a nossa parte no enfrentamento da doença. “Quando não seguimos as regras sanitárias o resultado é o aumento de casos, fila de espera nos hospitais e consequente mais óbitos”, disse Maymone, ressaltando ainda que a nova variante em circulação é 2,4 mais transmissível.

A ocupação de leitos SUS/UTI está acima de 95% nas quatro macrorregiões do Estado. Campo Grande está em 100%; Dourados 95%; Três Lagoas 97% e Corumbá 100%.