Para evitar aumento do desemprego em Corumbá, empresários pedem flexibilização de medidas

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  • Post publicado:16 de março de 2021
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As novas medidas adotadas pelo Governo Estadual por meio de decreto, que entrou em vigor no último domingo, 14, já está causando efeitos negativos em Corumbá. Empresários ligados ao setor de alimentação fora de casa (bares, restaurantes, entre outros), com empresário anunciando fechamento de seu estabelecimento, já fragilizado e desgastado pela pandemia da Covid-19 que completou um ano agora, em março.

Pelo decreto os estabelecimento deverão funcionar até as 20 horas de segunda a sexta-feira, e até às 16 horas nos finais de semana, sábado e domingo, o que, conforme os empresários, vai ‘quebrar’ o setor, gerando mais desemprego em Corumbá.

O assunto ganhou as mídias sociais desde o final de semana. Ontem, 15, na Câmara Municipal de Corumbá, o assunto tomou conta da sessão ordinária, com o setor ganhando apoio dos vereadores para buscar alternativas visando flexibilização das medidas, pelo menos na manutenção do horário de fechamento às 22 horas, como vinha ocorrendo anteriormente, conforme decreto do próprio Município.

O tema foi levantado pelo vereador Manoel Rodrigues (Republicanos). Ele fez uso da palavra livre e relatou a preocupação dos empresários ligados ao setor, inclusive anunciando o fechamento de um estabelecimento, em virtude do novo decreto, e fez um pedido aos demais pares: buscar alternativas para tentar reverter o quadro e evitar um prejuízo maior ainda para o setor que já vem enfrentando dificuldades há um ano, por conta da pandemia.

Ele explicou que já vinha mantendo contato com integrantes do comitê representativo dos bares, restaurantes, pizzarias, espeterias, casas e carrinhos de lanche e de cachorro-quente, bem como de açaís, inclusive participando de reuniões, como uma que ocorreu na Prefeitura de Corumbá, em que os empresários buscaram apoio do Executivo para flexibilização das medidas, e evitar “quebradeira” do setor.

“Não podemos penalizar um setor que, desde o início da pandemia, tem adotado todas as medidas de biossegurança necessárias para conter a disseminação do vírus. Eles, os empresários, investiram nisso. Tomam todos cuidados necessários, enquanto, durante o dia, as aglomerações ocorrem em outros setores, o que contribui para a propagação da doença”, comentou.

MEDIDAS REGIONALIZADAS

O presidente da Câmara, vereador Roberto Façanha (PSDB), abriu espaço para representantes do segmento se manifestar e colocou a casa à disposição, na busca por soluções e evitar algo pior. Reconheceu que o momento da pandemia é preocupante, mas que é preciso adotar medidas regionalizadas, conforme a situação de cada município.

Lembrou os números do último levantamento das autoridades de saúde do Município que ontem, no início da noite, estava com 39.479 casos notificados, 29.108 descartados, 29 casos suspeitos, 10.342 casos confirmados, 10.342 confirmados, 9.930 recuperados, e 115 pacientes ativos, dos quais 32 internados na Santa Casa de Corumbá (18 no CTI para Covid, com ventilação mecânica, e 14 em leitos clínicos, sem ventilação mecânica – casos moderados).

Inclusive anunciou que a Câmara, a exemplo do que está sendo feito pelo Poder Executivo, irá encaminhar documentos ao governador Reinaldo Azambuja, pedindo flexibilização em relação a Corumbá, fazendo com que as medidas continuem sendo de responsabilidade do Município.

“É uma situação complicada. Todos reconhecem que a disseminação ocorre em aglomerações, nas festinhas clandestinas principalmente. Além disso, as medidas devem ser regionalizadas, conforme a situação de cada município. Aqui, apesar de hoje (ontem) estarmos com 100% dos leitos de CTI para Covid ocupados, temos que lembrar que recebemos cinco pacientes de outras cidades, e estamos com 115 pacientes ativos”, observou.

Façanha e outros vereadores (Alexandre Vasconcellos, Qualhada, Elinho Verde Fruti, Bira, Chicão E Allex Dellas) concordam que medidas para evitar propagação do vírus são necessárias, mas redução dos horários de funcionamento dos estabelecimentos do setor alimentício fora de casa, não é a saída, principalmente levando-se em consideração que, durante o dia, a aglomeração está ocorrendo em vários outros setores, e que as medidas de isolamento social não estão sendo cumpridas, definitivamente.

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