Marido mata idosa e ateia fogo na casa em Campo Grande

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Uma mulher identificada como Dulci da Silva Martinelle, 80 anos, foi encontrada morta na madrugada desta segunda-feira (30), no bairro Tarsila do Amaral, em Campo Grande. A suspeita é que o marido, Vicente Mendes de Campos, 76 anos, tenha colocado fogo na residência depois de ter cometido o homicídio por volta das 19 horas de ontem.

Segundo José Paulo Martinelli, filho de Dulci, ele recebeu uma ligação do irmão por volta da 1h de hoje dizendo que Vicente tinha colocado fogo na casa e que a mãe estava morta. Quando chegou ao local foi informado pelos vizinhos que ontem a noite, o homem estaria oferecendo os móveis da casa.

“Os vizinhos aqui disseram que ontem umas 19h ele estava oferecendo os móveis da casa. Dando tapete, panela. Ele deu o cartão de crédito dele e dela para a vizinha, passou a senha e pediu para ela cuidar do cachorro. Quando ela perguntou o que aconteceu ele disse para ela que tinha feito besteira”, explicou ao Campo Grande News. 

Depois que deu as coisas, os vizinhos relataram ao filho que o homem foi embora, mas acabou voltando e colocou fogo na residência. “Queimou 30% do corpo dela, mas a gente não tem certeza se ela morreu antes ou no incêndio”, disse.

Quando os vizinhos viram o incêndio, acionaram o Corpo de Bombeiros e ainda tentaram ajudar Dulci que estava no quarto próximo ao guarda-roupa já sem vida. A idosa tinha várias queimaduras pelo corpo e rosto.

Conforme o filho, o marido de Dulci era muito ciumento a ponto de trancar ela em casa para não sair. Inclusive, em setembro ele levou a mãe até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para registrar um boletim de ocorrência por violência doméstica, mas depois do registro a idosa teria retirado a queixa contra o autor.

 “Tentamos tirar ela várias vezes da casa, mas ela sempre pedia para voltar. Ela tinha medida protetiva contra ele, mas voltou para casa. Quando eu cheguei a polícia e o bombeiro estavam lá, tentaram reanimar, mas ela já estava morta.”, contou.

Dulci e Vicente estavam juntos há 10 anos.  O homem está internado sob escolta policial na Santa Casa. “Ele inalou muita fumaça, mas se sobreviver vai ficar preso, ficamos sabendo”, completou José.

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