Justiça impõe restrição de liberdade a filho de Governador após ação da PF contra corrupção no Detran-MS

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  • Post publicado:24 de novembro de 2020

Rodrigo Souza e Silva é um dos alvos da 7ª fase da Operação Lama Asfáltica em Campo Grande. O filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) passará a cumprir medidas restritivas de direito a partir desta terça-feira (24). No entanto, ainda não foi divulgado que tipo de medidas ele terá que cumprir.

Advogado da família Azambuja, Gustavo Passarelli acompanhou a ação da Polícia Federal desde cedo no apartamento de Rodrigo. “Não tivemos acesso ainda a decisão. Mas correu tudo tranquilamente”, garantiu.

A determinação das buscas e deflagração da fase Motor de Lama é da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. Agentes da Receita Federal também fazem buscas no escritório que estaria ligado a Rodrigo, o Ferreira e Novaes Sociedade de Advogados. A PF cumpre mandados contra esquema de corrupção no Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), também está ligado à Operação Vostok.

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De acordo com as investigações do Inquérito 1.190 do STJ (Superior Tribunal de Justiça), eram de lá que partiam as ligações do filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Rodrigo Souza e Silva, então sócio dos advogados, para gerenciar o esquema de desvio de dinheiro da Sefaz-MS com propina da JBS.

Lama Asfáltica

São cumpridos desde as primeiras horas da manhã 11 mandados de busca e apreensão, 4 medidas restritivas de liberdade e 4 mandados de sequestro e decretação de indisponibilidade de bens de investigados. As medidas estão sendo cumpridas no município de Campo Grande (MS) e Dourados.

A 7ª fase da Operação Lama Asfáltica é resultado da análise de documentos apreendidos em fases anteriores e investiga a utilização de contas bancárias de “testas de ferro” para lavar dinheiro desviado com operações de dólar-cabo.

Neste sistema os recursos são transferidos de forma eletrônica para o exterior, através de uma rede de doleiros. Participam das ações 9 auditores-fiscais e 5 analistas-tributários da Receita Federal, mais de 46 policiais federais e servidores da Controladoria-Geral da União.

Levando-se em consideração as fraudes e as propinas pagas a integrantes da organização criminosa, os prejuízos causados ultrapassam os R$ 400 milhões (quatrocentos e trinta e dois milhões de reais) se consideradas as 7 fases da operação.