Corumbá (MS)- A movimentação financeira do Laboratório Citolab, de propriedade do irmão do prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, que efetivou contratos de aproximadamente um milhão de reais sem a realização de licitação, é alvo da Operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta terça-feira (10), em Corumbá.
A Justiça já havia suspendido os efeitos contratuais do município com o empreendimento familiar do prefeito e negou ainda o recurso interposto que tentava mantém os repasses financeiros ao laboratório.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), a partir de investigação que segue em sigilo absoluto. Nenhuma nota sobre a realização da ação foi emitida até o momento, mas fontes da reportagem do Folha MS indicam que há suspeita de que Marcelo Iunes utilize familiares como “laranjas” para permanecer a efetuar contratos com o poder público municipal sem a realização de licitação.
O Folha MS já publicou reportagens que mostram a intensa movimentação administrativa na junta comercial de Corumbá com finalidade de alterações contratuais para mudanças de propriedade da empresa que opera sob o nome fantasia de Citolab, sempre com a finalidade de inserir ou retirar de seu quadro de administradores, os nomes de pessoas que assumiam cargos públicos na própria prefeitura, como o caso da atual primeira-dama.
O nome do próprio prefeito chegou a figurar na fachada da antiga locação do laboratório como sendo o biomédico responsável técnico.
Nesta terça-feira (10), os agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao laboratório e familiares do prefeito. Os policias estiveram na casa do prefeito, na Secretaria de Ação e Cidadania comandada pela primeira-dama Amanda Balancieri Iunes, no próprio laboratório da família e ainda em uma loja localizada no centro da cidade.
Na ação, documentos foram apreendidos incluindo uma pasta com a inscrição “Exames Laboratoriais autorizados”