PF apura se royalties do minério foi usado para pagamento de empresa investigada por fraudes em licitações

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  • Post publicado:6 de outubro de 2020

Corumbá (MS)- A Operação da Polícia Federal que cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, sendo 5 na Capital do Estado e 7 em Corumbá, investiga se fraudes em licitações que beneficiavam empresas selecionadas pelo grupo politico que atua dentro do poder executivo municipal, usava recursos dos royalties da mineração pagos ao município.

A informação consta em matéria divulgada pelo Site Campo Grande News. A verba que constitui um dos recursos federais denominado (CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), é distribuída pela Agência Nacional de Mineração e justifica atribuição da investigação à Polícia Federal.

Nas primeiras horas da manhã, cerca de 50 policiais que participaram da ação deram cumprimento aos mandados de busca e apreensão nas duas cidades. Em Corumbá, além do Secretário Municipal de Infraestrutura Ricardo Campos Ametla, foram alvos da operação o ex-secretário de segurança pública Edson Panes e o irmão do prefeito, Márcio Iunes, apontado pela investigação como um dos articuladores do esquema.

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Secretário de Infraestrutura teve celular e notebook apreendidos pela PF

Márcio teria sido coincidentemente exonerado pelo governador Reinaldo Azambuja do cargo em comissão que exercia no governo, seis dias antes da operação ser deflagrada. Apesar de receber um salário superior a R$ 10 mil reais para supostamente exercer um cargo no governo, o irmão do Prefeito é figura facilmente encontrada nos corredores do paço municipal de Corumbá.

Na ação, R$ 44 mil reais em dinheiro, foram apreendidos em posse dos suspeitos, sendo 25 mil reais em duas residências e mais R$ 19 mil reais, em uma conveniência que consta como endereço de um dos suspeitos de integrar o esquema criminoso.

Em nota, a PF afirma que a investigação que resultou na Offset começou após chegada de denúncias apontando a ocorrência sistemática de desvio de recursos públicos na prefeitura da cidade.

“Mil e uma utilidades”

Em Campo Grande, o alvo da Operação foi a Solux Locações e Serviços, na Vila Bandeirante. Vizinhos relataram à reportagem que uma viatura chegou às 6h20 e os policiais procuraram por duas testemunhas para acompanhar o cumprimento do mandado de busca. O local não chegou a ser fechado, com acesso normal para os funcionários.

No fim da manhã, a empresa estava fechada no horário de almoço. A reportagem também fez contato por telefone e a pessoa que atendeu negou que o local foi alvo da PF.

A empresa investigada prestava diversos serviços para a prefeitura, como capina, poda de árvore e manutenção de meio-fio. Mas a consulta à Receita Federal, mostra que a atuação é bem diversificada. A atividade principal é instalação de painéis publicitários.