MS passa dos 6,5 mil casos de Covid-19 e Estado aciona Hospital de Campanha na Capital

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  • Post publicado:25 de junho de 2020
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Campo Grande (MS) – Com mais 322 exames positivos para o novo coronavírus (Covid-19) nas últimas 24 horas, o número de casos confirmados da doença no Estado chega a 6.523. Foram registrados cinco óbitos, passando para 61 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul. As informações foram apresentadas nesta quinta-feira (25.06) em coletiva de imprensa on-line com autoridades estaduais.

Dos 6.523 casos confirmados, 3.109 estão em isolamento domiciliar, 3.191 estão sem sintomas e já estão recuperados e 166 estão internados, sendo 109 em hospitais públicos e 57 em hospitais privados. Três pacientes internados são procedentes de fora do Estado.

Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 37.372 notificações de casos suspeitos da coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 27.271 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19, 21 foram excluídos por não se encaixarem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde, 1.496 exames aguardam resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e 2.082 casos foram notificados e não foram encerrados pelos municípios.

Os dados publicados desde 19 de maio têm como fonte de dados o sistema de informações oficiais Sivep Gripe e E-SUS VE, alimentado pelos municípios. Eles estão sujeitos a alterações.

Os casos suspeitos em investigação tiveram as amostras encaminhadas para o Lacen, onde será feito o exame para nove tipos de vírus respiratórios, incluindo influenza e coronavírus. O laboratório realiza os exames para Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Os resultados ficam prontos entre 24 a 72 horas, após o recebimento das amostras.

Hospital de Campanha

O Governo de MS, a Secretária de Estado de Saúde e o Comitê de Operacional de Emergência do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (COE-HRMS) anunciam que a estrutura de retaguarda montada na sede da unidade hospitalar, conhecida como Hospital de Campanha, já está em funcionamento na Capital.

A medida precisou ser tomada porque o sistema de leitos do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul está sobrecarregado, considerando a taxa de ocupação de leitos críticos da unidade hospitalar é de 78,1%.

Para o titular da pasta, Geraldo Resende, a estrutura foi planejada ainda no início da pandemia no Estado, como medida preventiva. “Sempre ressaltei

Estrutura montada no HR Foto Edemir Rodrigues 1

que não queríamos chegar ao ponto de ter que usar este centro de triagem, porém nos organizamos para este momento. Este local será usado para os casos não relacionados à Covid-19. Com o atual cenário, o acionamento da tenda se torna inevitável. Esperamos que a população passe, agora, a colaborar para que a pandemia não avance ainda mais”.

Nesse momento as tendas passam por manutenção preventiva, os setores efêmeros começam a receber insumos e a área administrativa finaliza a montagem para os atendimentos. Porém, são ajustes que não impedem que o Hospital de Campanha levantado no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) comece a receber os primeiros pacientes, na tarde desta quarta-feira (24.06).

A construção desta estrutura de retarguada, com início no mês de março, como estratégia para o enfrentamento da doença, teve que ser acionada para otimizar e melhorar a estrutura hospitalar do HRMS. Com 144 leitos de enfermaria, que não serão ocupados na sua totalidade, consultórios, laboratório e farmácia, a estrutura será utilizada para pacientes não COVID-19, mas que precisam de internação. As unidades intensivas dentro do prédio continuam atendendo pacientes com o novo coronavírus e outras patologias.

No último fim de semana, como tentativa de não sobrecarregar o sistema, o HRMS transferiu 13 pacientes para outros hospitais da capital, mas o número exponencial de casos que insistem em subir na Capital elevou a taxa de ocupação dentro do Regional.

A diretora-presidente do Hospital Regional, Rosana Leite de Melo, fala sobre o acionamento da tenda e apela a sensibilização da população “Temos postergado o acionamento da tenda, mas infelizmente a pandemia se instalou de forma muito agressiva na Capital nos últimos dias. Não queríamos isso em nenhum momento, temos trabalhado de forma árdua para conter o novo Coronavírus. Nossa equipe tem se redobrado, os protocolos médicos têm dado resultado juntamente com o tele atendimento, mas infelizmente, o pior momento da pandemia está chegando até nós. Seremos firmes e fortes nesse enfrentamento. Faremos de tudo para atender a população sem que entremos em colapso, mas sem o apoio da comunidade, será impossível”.

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