Reinaldo Azambuja (PSDB) e outros 19 governadores, entre eles João Dória (São Paulo), e Wilson Witzel (Rio de Janeiro) assinaram carta contra os atos realizados neste domingo (19) em diversas capitais, entre elas Campo Grande, a favor da intervenção militar.
Na capital sul-mato-grossense, os manifestantes se reuniram em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), na Avenida Duque de Caxias, pedindo por AI-5 e o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal).
No documento, o Fórum Nacional de Governadores manifesta apoio aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).
Além das manifestações questionáveis, os protestos vão contra a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) de evitar aglomerações no combate à disseminação do novo coronavírus.
“Nesse momento em que o mundo vive uma das suas maiores crises, temos testemunhado o empenho com que os presidentes do Senado e da Câmara têm se conduzido, dedicando especial atenção às necessidades dos Estados, dos Distrito Federal e dos municípios brasileiros. Ambos demonstram estar cientes de que são nessas circunstâncias que se dá a mais dura luta contra nosso inimigo comum, o coronavírus, e onde, portanto, precisam ser concentrados os maiores esforços de socorro federativo”, escreveram os governadores.
Na carta, Reinaldo e os demais chefes do Executivo afirmam que as decisões tomadas por Estados e municípios têm “sido pautadas pelos indicativos da ciência, por orientações de profissionais da saúde e pela experiência de países que já enfrentaram etapas mais duras da pandemia, buscando, neste caso, evitar escolher malsucedidas e seguir as exitosas”.
“Não julgamos haver conflitos inconciliáveis entre a salvaguarda da saúde da população e a proteção da economia nacional, ainda que os momentos para agir mais diretamente em defesa de uma e de outra possam ser distintos. Consideramos fundamental superar nossas eventuais diferenças através do esforço do diálogo democrático e desprovido de vaidades. A saúde e a vida do povo brasileiro devem estar muito acima de interesses políticos, em especial nesse momento de crise”, finalizam.
Além de Reinaldo Azambuja, Dória e Witzel, a carta é assinada pelos governadores Renan Filho (AL), Waldez Góes (AP), Rui Costa (BA), Camilo Santana (CE), Renato Casagrande (ES), Ronaldo Caiado (GO), Flávio Dino (MA), Mauro Mendes (MT), Helder Barbalho (PA), João Azevêdo (PB), Paulo Câmara (PE), Wellington Dias (PI), Fátima Bezerra (RN), Eduardo Leite (RS), Carlos Moisés (SC), Belivaldo Chagas (SE) e Mauro Carlesse (TO).