Boletim do coronavírus será atualizado a cada 48h em MS, decide comitê

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No hospital regional de Ponta Porã equipe passou por formação específica (Foto: Divulgação/SES)
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O novo coronavírus – chamado tecnicamente de Covid-19 – se espalha pelo mundo e, em Mato Grosso do Sul, já provocou 13 notificações. A situação provoca no Estado a padronização de metodologias na saúde pública, entre elas a atualização e divulgação de boletim epidemiológico.

Segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde), o comitê criado como frente de atuação específica para o coronavírus decidiu que as informações serão divulgadas a cada 48h. Dessa forma, informou a SES, os boletins devem sair às 17h, sempre na segunda, quarta e sexta-feira.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), por outro lado, decidiu divulgar diariamente, de segunda a sexta, boletins com notificações do novo vírus. Diferente da secretaria estadual, o município não é responsável pelos exames que podem confirmar se os sintomas são consequência do Covid-19.

Além disso, treinamentos e protocolos em unidades de saúde já foram estabelecidos ao longo da semana, especialmente desde que a primeira suspeita, ainda não confirmada, surgiu com jovem internado no Hospital Regional de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande. Neste hospital, equipe de saúde passou por formação específica para lidar com o coronavírus.

Sem um hospital de referência para atender casos donovo coronavírus em Campo Grande, a Sesau avalia concentrar o atendimento em uma única unidade de saúde. A possibilidade foi divulgada pelo secretário municipal de saúde, José Mauro Filho, durante a audiência pública de prestação de contas da pasta na tarde desta sexta-feira (28) na Câmara Municipal.

O Ministério da Saúde lançou, nesta sexta-feira, campanha publicitária de prevenção ao coronavírus que já começou a ser veiculada em TV aberta, rádio e internet. O conteúdo apresenta orientações, como adoção de hábitos de higiene: lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia, fazer uso do álcool em gel a 70% e não compartilhar objetos de uso pessoal.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, considera que Campo Grande tem tudo para “fazer um bom trabalho” no diagnóstico e tratamento de pacientes suspeitos. “Eu conheço a rede de Campo Grande, os médicos, enfermeiros, os agentes comunitários e todos os bairros, e acho que a cidade tem tudo para fazer um bom trabalho nessa situação”, comentou, durante reunião na noite desta sexta-feira (28) na Capital.

Entenda

Mato Grosso do Sul registrou 13 notificações da doença: 12 em Campo Grande e 1 em Ponta Porã. Em 4 deles o exame apresentou resultado negativo, e 2 foram confirmados para outro vírus, o de Influenza A. A secretaria estadual não divulgou as idades e sequer o gênero das pessoas que estão sob investigação.

Até agora, permanecem suspeitos no Estado 9 casos. Em 7 deles as vítimas passaram recentemente pela Itália, um dos países por onde a doença tem se espalhado. De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), as outras pessoas que estão com os casos em investigação passaram pela Coreia do Sul e Tailândia.

Em 50 países, a doença já infectou mais de 83 mil pessoas e causou quase 2.800 mortes. Depois da China, epicentro do surto, os países com mais casos são a Coreia do Sul e, no ocidente, a Itália, com 12 mortes e 400 pessoas infectadas.

O surto do vírus começou em um mercado de peixes da cidade de Wuhan, cidade que abriga milhões de chineses na província chinesa de Hubei, hoje isolada e em sistema de quarentena em razão do vírus. Ainda não se sabe a origem, mas a suspeita é que tenha sido transmitido por algum animal vendido no mercado e ainda não identificado.

O novo coronavírus, similar ao antigo, causa síndrome respiratória grave, que pode ser fatal em pacientes vulneráveis (idosos ou com algum problema de saúde já identificado). Os principais sintomas são febre, tosse e dificuldade para respirar. Até agora, não há vacina para o vírus e os casos indicam período de contágio de até 14 dias, por isso casos suspeitos costumam ficar em quarentena por duas semanas.

Apesar da procura intensa, as máscaras são consideradas pouco efetivas. As síndromes respiratórias são transmitidas por gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Dessa forma, o Ministério da Saúde orienta lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool. Outras orientações são:

Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; Evitar contato próximo com pessoas doentes; Ficar em casa quando estiver doente; Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.

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