Paulinho Cabreira tinha sido identificado como ator do crime no dia 26 e indiciado por homicídio qualificado e destruição de cadáver. Apesar de ter confessado o assassinato da mãe, foi solto porque já havia passado o período de flagrante.
Ontem, o delegado Rodolfo Daltro, chefe do SIG em Dourados, pediu a prisão preventiva do assassino confesso. No pedido, o delegado sustentou que a liberdade de Paulinho colocava o Estado em situação de descrédito perante a população, além do risco de fuga do criminoso.
“Nesta manhã, ao ser novamente interrogado, Paulinho confessou que a sua mãe, embriagada, dormiu no chão da sala, momento em que ele passou a estuprá-la. Durante o ato sexual, a vítima acordou, sendo então esfaqueada por Paulinho. Após matá-la, o autor ateou fogo no corpo. Antes de ir embora, subtraiu um rádio pertencente ao convivente de Marina”, afirmou Rodolfo Daltro.
Segundo o delegado, durante o interrogatório deste sábado, Paulinho mostrou-se preocupado com o destino de R$ 2.000,00 que sua mãe teria depositado em uma conta bancária, “o que demonstra sua frieza”.
O crime
O corpo de Marina foi encontrado na casa dos fundos, na Rua Sônia Maria Lange Volpato, no Parque Alvorada, região oeste de Dourados. O dono da casa e companheiro de Marina, José Alves Jorge dos Santos, 57, chegou a ser preso como suspeito do crime, mas foi liberado no dia seguinte.
O SIG apurou que Marina, o filho e Jorge consumiam bebidas alcoólicas quando ocorreu o crime. “O depoimento de Paulinho já havia sido realizado no dia 24, ocasião em que ele acusou Jorge, o convivente da sua mãe, como o autor do crime. Jorge, por sua vez, disse que ele, Marina e Paulinho consumiam bebidas alcoólicas quando adormeceu, tendo acordado com o cheiro de fumaça. Ele encontrou o corpo, mas Paulinho não estava mais no local”, cotou o delegado.
Conforme Rodolfo Daltro, depois da discussão sobre o dinheiro, Jorge foi dormir no quarto e Marina adormeceu no chão da sala, onde foi estuprada e morta pelo filho. Com uma faca, ele desferiu golpes contra a mulher. Depois jogou roupas sobre a vítima e ateou fogo. O corpo foi parcialmente carbonizado. Paulinho constantemente agredia a mãe e há cerca de dois meses já havia tentado estuprá-la.
“Ela estava dormindo, embriagada, quando foi estuprada. Aí, acordou. Para não ser denunciado, Paulinho pegou uma faca e desferiu dois golpes contra ela. Depois, queimou o corpo. Não se descarta a possibilidade de ainda estar viva quando foi queimada”, disse Rodolfo Daltro.