Além da destruição das matas, os incêndios na região do Pantanal podem ter efeitos catastróficos para os animais que conseguiram escapar do fogo. O alerta vem do Instituto Arara Azul, que mantém base de pesquisa no Refúgio Caiman, a 31 quilômetros de Miranda.
A partir do dia 2 de setembro, o incêndio que atingiu o refúgio de 53 mil hectares atingiu proporções incontroláveis. Nem reforço de equipes do Corpo de Bombeiros de Campo Grande, Miranda e Aquidauana, além dos brigadistas da propriedade e do Prevofogo, conseguiu conter o desastre.
A estimativa é que 35 mil hectares tenham sido atingidos pelas chamas. Agora, segundo o tenente-coronel Waldemir Moreira Jr, chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, os trabalhos concentram-se no rescaldo, com controle das chamas, mas em situação de vigilância.
A extinção dos incêndios não significa o fim das preocupações. No Refúgio Caiman, o instituto mantém 22 ninhos ativos com ovos e/ou filhotes e, até o momento, não houve registro de perdas diretas. “Mas sabemos que os danos indiretos poderão ser catastróficos”, conclui.
Equipe do Instituto Arara Azul em área devastada pelo incêndio, no Refúgio Caiman (Foto/Divulgação)
Além da destruição das matas, os incêndios na região do Pantanal podem ter efeitos catastróficos para os animais que conseguiram escapar do fogo. O alerta vem do Instituto Arara Azul, que mantém base de pesquisa no Refúgio Caiman, a 31 quilômetros de Miranda.
A partir do dia 2 de setembro, o incêndio que atingiu o refúgio de 53 mil hectares atingiu proporções incontroláveis. Nem reforço de equipes do Corpo de Bombeiros de Campo Grande, Miranda e Aquidauana, além dos brigadistas da propriedade e do Prevofogo, conseguiu conter o desastre.
A estimativa é que 35 mil hectares tenham sido atingidos pelas chamas. Agora, segundo o tenente-coronel Waldemir Moreira Jr, chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, os trabalhos concentram-se no rescaldo, com controle das chamas, mas em situação de vigilância.
Equipes monitoram os ninhos das araras azuis, até agora, sem danos diretos (Foto/Divulgação)
A extinção dos incêndios não significa o fim das preocupações. No Refúgio Caiman, o instituto mantém 22 ninhos ativos com ovos e/ou filhotes e, até o momento, não houve registro de perdas diretas. “Mas sabemos que os danos indiretos poderão ser catastróficos”, conclui
Segundo o instituto, com base em registros anteriores de incêndios, sabe-se que a alimentação fica escassa e a mata que restou será o refúgio deles, aumentando a competição e predação.
No caso específico das araras azuis, são animais que se alimentam de fruto de duas palmeiras. “Com a queimada destas espécies a arara azul terá a alimentação bastante comprometida”, explica o Instituto.
A informação do Corpo de Bombeiros é que há 15 anos não havia registro de incêndio na Caiman e, por conta da grande quantidade de biomassa (matéria orgânica), os focos alastraram-se rapidamente.
Outrao projeto que também atua na Caiman, a Onçafari fez resgate durante o incêndio na terça-feira passada. Equipes tiraram uma onça-pintada, que era prepara na fazenda para reintrodução. O animal foi retirado as pressas e levado para local seguro, longe dos focos de queimadas.
Focos – Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais) registram 88 focos de incêndios entre ontem e hoje na região do Pantanal. A maior parte, em Aquidauana, 47 focos. Somente no mês de setembro, foram 1.678 focos, sendo liderado pelas ocorrências em Corumbá, 676.