Operação Vostok: irmão de Reinaldo Azambuja está entre intimados em ‘força-tarefa’ da PF

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Roberto Silva, conhecido como Beto Azambuja, e o governador Reinaldo Azambuja (Divulgação)
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  • Post publicado:3 de setembro de 2019
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Roberto de Oliveira Silva, conhecido como ‘Beto Azambuja’ e irmão do governador de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja (PSDB), está entre os intimados para depor na ‘força-tarefa’ deflagrada por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça) nesta terça-feira (3) em Campo Grande. Ele deve responder a um delegado da Polícia Federal sobre as suspeitas de um esquema com pagamento de propinas a políticos, servidores e empresários em troca de incentivos fiscais em MS.

Beto Azambuja é pecuarista. Uma das linhas de investigação é o uso de notas frias na compra e venda de gado como forma de ‘esquentar’ dinheiro ilícito. No total, mais de 110 pessoas, entre investigados e testemunhas, serão ouvidos por delegados de Brasília.

As intimações são desdobramento dos indícios levantados após mandados de busca e apreensão e quebra de sigilos fiscais e telefônicos da Operação Vostok, em setembro de 2018.

Inicialmente a informação é de que Roberto Silva chegaria às 13 horas e entraria de carro direto no estacionamento da sede regional da PF. No entanto, conforme apurado pela reportagem, a oitiva teria sido marcada para as 17 horas desta terça-feira. A Polícia Federal, no entanto, não confirmou o horário.

Beto é doador de campanha do irmão, Reinaldo Azambuja. Em 2014, ele repassou R$ 700 mil à campanha do candidato do PSDB ao governo de Mato Grosso do Sul.

Além dele, figuram como maiores doadores de Reinaldo a Buriti Comércio de Carnes, com R$ 400 mil, a Cooperativa Agrícola Mista Serra de Maracaju com R$ 250 mil e a Energética Santa Helena com R$ 100 mil. Além destas, doações pessoais de Fátima Alves de Souza Silva de R$ 140 mil e do próprio Reinaldo Azambuja de R$ 400 mil.

Acelerando a Operação Vostok

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou nesta terça-feira (03) uma ação coordenada de desdobramento da Operação Vostok, decorrente do IPL (Inquérito Polícial) 1.190, após os mandados de busca, apreensão e quebra de sigilos telefônicos e fiscais realizados em 2018. São mais de 110 pessoas intimadas e a maioria é ouvida na sede da Polícia Federal em Campo Grande.

Além de Mato Grosso do Sul, são ouvidas testemunhas e investigados em São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Ceará. A investigação teve origem no acordo de colaboração dos executivos da JBS, conglomerado com atuação no ramo de alimentos, e apura suposto esquema de corrupção na concessão de benefícios fiscais pelo governo do estado de Mato Grosso do Sul através da Sefaz-MS (Secretaria de Estado de Fazenda).

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