Durante a sessão de julgamento da cassação do vereador Junior Rodrigues (PL), que acontece nesta sexta-feira (30) em Dourados, cidade localizada a 238 km da Capital, a Polícia Civil efetuou a prisão de outros dois vereadores, Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM). Eles foram retirados no meio da sessão e estão afastados dos cargos.
Os policiais chegaram à Câmara por volta das 18h com mandados de prisão contra Cirilo e Pepa. Eles teriam descumprindo decisões judiciais e assim, motivado a prisão determinada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados, Alessandro Leite Pereira.
Tanto Pepa quanto Cirilo ficaram praticamente oito meses afastados do cargo de vereador por determinação da Justiça, já que ambos foram presos em dezembro do ano passado, quando foi deflagrado a Operação Cifra Negra.
Eles chegaram a ser julgados pelos colegas de Câmara e se livraram da cassação, mesmo diante da acusação de integrarem esquema que desviou R$ 5 milhões em quatro anos no Legislativo douradense, com pagamento a empresas terceirizadas para fornecer serviços de TI (tecnologia da informação).
Ainda assim, por decisão judicial, a dupla seguiu afastada da Câmara até o último dia 19 (segunda-feira retrasada), quando retornaram à Casa de Leis ao conseguirem na Justiça a suspensão dos processos que os afastaram.
Cirilo e Pepa foram levados para a 1ª DP (Delegacia de Polícia Civil) de Dourados. Além de equipes policiais, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) também participou da ação. Os dois podem ser levados ainda hoje para o presídio.
Sessão prossegue normalmente
Apesar do desfalque dos dois vereadores detidos e afastados dos cargos, a sessão especial convocada para hoje prosseguirá normalmente, de acordo com o presidente da Câmara de Dourados, Alan Guedes (DEM), há quórum suficiente para a mesma continuar.
Além disso, com o novo afastamento de Pepa e Cirilo, os suplentes da dupla, que estiveram na Câmara até duas semanas atrás, Marcelo Mourão (PRP) e Marinisa Mizoguchi (PSB), serão reconvocados para assumir os postos.