Fim da estiagem em MS só deve ocorrer no início de setembro, prevê Cemtec

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Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

Com um período de seca que chega a 40 dias apenas em Campo Grande, Mato Grosso do Sul só deve presenciar chuvas significativas a partir do fim da primeira semana de setembro. É o que prevê o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos), com base em dados números de climatologia divulgados pela especialista em Meteorologia e coordenadora do centro, Francine Rodrigues.

Segundo ela, a previsão numérica NOAA/EUA (National Oceanic e Atmospheric Administration, dos Estados Unidos) estima a formação de chuvas significativas no Estado entre 7 e 8 de setembro. Já a base de dados brasileira não indica precipitações consideráveis no Estado até 30 de agosto.

“Apenas nebulosidade significativa no início da semana, porém com predomínio de sol e zero expectativa de chuvas”, salientou. O Cemtec aponta que Sete Quedas é, até o momento, o município do Estado líder em período de estiagem: já são 57 dias sem chuva. Em Santa Rita do Pardo são 49 dias, e em Corumbá, 48.

Francine explica que o temporal que na quinta-feira (22) atingiu a fronteira com o Paraguai, em especial Ponta Porã, inclusive com queda de granizo, foi um fenômeno isolado. “O Brasil central está sobre predomínio de um sistema anticiclônico a médios níveis, popularmente conhecido como massa de ar seco, que é comum no outono e inverno e reduz a umidade, elevando as temperaturas, consequentemente, impedindo a formação de chuvas”, disse à assessoria do governo estadual.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta para este domingo (25), onde 18 municípios do Centro-Norte do Estado enfrentaram percentuais de umidade relativa do ar entre 20% e 12%, situação considerada de perigo –o quadro afetou áreas de Alcinópolis, Aquidauana, Bandeirantes, Camapuã, Chapadão do Sul, Corguinho, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Sonora e São Gabriel do Oeste. No restante do Estado, há perigo potencial com a umidade, que deve ficar entre 30% e 20%.

O tempo seco também tem favorecido o aparecimento de incêndios em áreas de mata nas zonas urbanas e rurais do Estado, que colaboram com a piora da qualidade do ar.

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