Ladrão diz que jogou no córrego aparelho auditivo de R$ 150 mil que roubou de criança especial

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Foto: Marcos Ermínio
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  • Post publicado:10 de julho de 2019
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Adenir Ferreira de Souza de 21 anos preso nesta segunda-feira (8) na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, acusado de ter furtado o aparelho auditivo de uma criança, contou em depoimento que jogou o objeto no Córrego Anhanduí.

Ele foi preso em um veículo Fiat Pálio, na Avenida Ernesto Geisel, e a polícia acredita que Adenir estava se preparando para praticar outros furtos na região. No carro foi encontrado as ferramentas que ele furtou da casa de onde levou o implante coclear, no valor de R$ 150 mil.

Adenir disse ter achado que o implante seria um conversor de televisão, mas quando percebeu que não era resolveu jogar o objeto no Córrego Anhadui. Uma televisão e um aparelho de som levados da residência foram encontrados em uma casa, no bairro Guanandi. O dono da residência, que havia ficado com os objetos, não foi localizado.

Para o delgado da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) Fábio Brandalise, a história de ter jogado o aparelho no córrego não seria verdadeira. Brandalise acredita que com a repercussão que gerou o furto do implante, na realidade, Adenir acabou se assustando e destruindo o objeto.

A mãe da criança, Marciana Cassia Neto, 30 anos, saiu ir ao dentista e, ao retornar, encontrou a casa toda revirada. Os criminosos levaram televisor, notebook, caixa de som e um aparelho auditivo de implante coclear, avaliado em R$ 150 mil.

Marciana disse que com um ano e dois meses o filho teve meningite, quando os médicos também descobriram que estava com paralisia cerebral. Por conta disso, o menino teve problema na audição e foi submetido a cirurgia de implante coclear, que durou sete horas. Os dispositivos receptores implantados na cabeça são codificados com o aparelho auditivo.

O menino começou a usar esse aparelho há cerca de um mês, que foi codificado recentemente. É como se ele escutasse como um feto escuta dentro da barriga da mãe. Com o passar do tempo e adaptação, são feitas outras codificações até que a criança possa ouvir normalmente. O aparelho só funciona com o menino.

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