Viaturas sucateadas, fardas velhas e reajuste zero: onda de suicídios levanta debate entre PMs

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  • Post publicado:5 de julho de 2019
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Policiais Militares do Estado afirmam estar ‘revoltados’ com a série de problemas que a categoria vem enfrentando. Sem fardas novas há 3 anos, alto índice de policiais cometendo suicídio, viaturas sucateadas e desvalorização profissional são alguns dos problemas enfrentados.

Coronel e presidente da AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul), Alírio Villasanti, gravou um vídeo pedindo para que o secretário Antônio Carlos Videira, da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) e o comandante-geral da PM, Waldir Ribeiro Acosta, ‘se demitam’.

Há 20 anos na corporação, um policial militar que prefere não se identificar, afirma estar desmotivado com a profissão. “Nunca vi a PM tão abandonada e desprestigiada como agora. O comandante-geral não move uma palha pela melhoria da instituição, não estão cumprindo nem a lei complementar 053 da PM, que nos dá direito ao fardamento”, diz.

Durante a chuva, nesta quarta-feira (3), leitor do Jornal Midiamax flagrou uma viatura da PM ilhada, com pneu furado e sem estepe para a troca. A equipe explicou que estava realizando rondas com o veículo reserva, já a viatura Trail Blazer estava na revisão.

Suicídio

Conforme Vilassanti, nos últimos dois meses, 3 policiais militares cometeram suicídio. O caso mais recente envolve o tenente-coronel Oeliton Santana de Figueiredo, de 44 anos. Ele foi encontrado morto na segunda-feira (1°).

No dia 17 de junho, o sargento da cavalaria da PM, Ricardo Lopes Paulino, foi encontrado morto com um tiro na boca. Em março, outro PM também foi encontrado morto em casa, no Jardim Itália. Ele estava lotado na 5ª Companhia Independente da Polícia Militar no pelotão de Terenos.

Em 2017, foram três mortes de policiais militares. Um dos casos aconteceu em Campo Grande e vitimou PM lotado no Batalhão de Guarda e Escolta. O suicídio aconteceu na casa do policial, no bairro Taquarussu. Outro caso também registrado em maio envolveu um subtenente da PM em Três Lagoas. Ele fazia um tratamento contra o câncer.

O Jornal Midiamax entrou em contato com o comandante-geral da PM, Waldir Ribeiro Acosta. Ele não se pronunciou sobre as reclamações. A reportagem encaminhou um e-mail à Sejusp e aguarda retorno.

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