Professores de escolas pública e particular são denunciados por assédio sexual em MS

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  • Post publicado:3 de julho de 2019
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Dois professores de Campo Grande são investigados por assediarem sexualmente alunas de aproximadamente 16 anos. Um professor é contratado de uma escola particular, enquanto outro é servidor de um Colégio Estadual. As duas instituições ficam na região central da cidade.

Aproximadamente quatro alunas de colégio particular, com uma das mensalidades mais caras de Campo Grande, já prestaram depoimento sobre assédio que sofreram por parte do professor. Segundo elas, o educador as aborda de maneira indevida e em alguns casos chegou a usar palavras depreciativas com as alunas, as chamando de ‘delicinha’ ou ‘gostosinha’, fato documentado pela polícia.

A delegada Franciele Candotti, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) informou ao Midiamax que o inquérito corre há aproximadamente um mês e começou com a denúncia de uma aluna. Outras vítimas procuraram a polícia no decorrer da investigação e ainda não se sabe quantas adolescentes foram assediadas no total.

Mãe de uma aluna contou à equipe de reportagem que mesmo com as denúncias feitas também à direção do colégio, o professor continua dando aulas. Na terça-feira (2), quando ele entrou em sala mais de 15 meninas saíram em forma de protesto e sentaram no pátio. “É um absurdo porque ligamos lá e os funcionários falam que não sabem de nada”, contou.

A princípio, o professor teria familiares atuando na direção do colégio, mas o fato não foi confirmado. Já em Escola Estadual, um inquérito foi instaurado há aproximadamente dois meses, pelo mesmo fato. Um professor de 49 anos teria assediado pelo menos cinco alunas e até mesmo uma professora do colégio.

As denúncias foram feitas na delegacia e até mesmo a SED (Secretaria de Educação) já teria sido informada, conforme denúncias feitas ao Midiamax. Ainda assim, o professor segue atuando no colégio. Da mesma forma como o outro professor, este também teria abordado alunas com palavras, sem usar de violência, o que já configura assédio.

“É muito importante que as alunas denunciem”, afirmou a delegada Franciele. “Essas meninas, quando percebem algum assédio por parte de professor ou funcionário do colégio devem contar aos pais, à direção da escola e à polícia”. Segundo a delegada, é a partir das denúncias que as medidas cabíveis podem ser tomadas.

Também conforme a autoridade policial, após denúncia de uma vítima outras meninas se encorajam para relatarem assédios e elas mesmas acabam contando sobre amigas que foram assediadas, mas que ainda não denunciaram. Os acusados são ouvidos só após depoimento de todas adolescentes e testemunhas, portanto até o momento não foram intimados, já que ainda há vítimas procurando a delegacia.

Esses casos são tratados como assédio sexual, crime previsto no Artigo 216 do Código Penal “Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”. A pena é de detenção de um a dois anos.

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