Foi colocado em liberdade o investigador da Polícia Civil, Emmanuel Contis, preso desde março deste ano acusado de ter dado cobertura e suporte ao Delegado da Polícia Civil Fernando Araujo, (então titular da DAIJI de Corumbá), acusado de matar à tiros o boliviano Alfredo Rangel Weber, no dia 23 de fevereiro de 2019, na rodovia Ramão Gomez.
A prisão do investigador foi regada pela justiça que atendeu ao pedido da defesa, que alegou ausência de indícios que comprovem a sua participação no crime.
De acordo com o defensor Douglas Barros Figueiredo, Emmanuel
não teve participação no crime o que ficou comprovado em imagens de câmeras de
monitoramento, que comprovaram que o investigador não estava na cidade no dia
da execução.
O Crime
Segundo as investigações, a desavença entre o delegado e
Alfredo Weber começou durante as eleições para presidente da associação de
agropecuaristas na Bolívia, onde o sogro de Fernando concorria ao cargo.
Houve uma discussão entre Alfredo e outros participantes do evento.
O delegado é acusado de pegar uma faca e desferir golpes contra o boliviano,
que foi socorrido para um hospital local, mas, devido à gravidade, acabou
transferido para Corumbá.
Já em Mato Grosso do Sul, a ambulância foi fechada por uma
caminhonete. O condutor, apontado como sendo o delegado, desceu e atirou no
paciente. O homem morreu e o motorista da ambulância retornou com o cadáver ao
País vizinho.
Afastamento do cargo
O delegado foi afastado de suas funções no dia 4 de abril. A
decisão foi da Corregedoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, e
pela decisão o delegado deverá entregar sua carteira funcional, suspensão de
senhas para acesso a banco de dados da administração pública, além de sua arma
também ser recolhida.