Corumbá (MS)- Um verdadeiro caos se instalou sobre o clube da Avenida General Rondon, um dos dois representantes sul-mato-grossense no campeonato brasileiro da série D de futebol, passa por sérios problemas financeiros.
Na véspera do embarque do time que enfrenta neste domingo (12), a equipe do Sinop em Mato Grosso, jogadores cobram um posicionamento da diretoria sobre o pagamento de salários que nesta sexta-feira (10), completam dois meses de atraso.
Um dos atletas que preferiu não se identificar, descreveu à reportagem do Folha MS, que além dos salários, a situação estrutural do clube também está precária e prejudica inclusive a preparação do grupo para os jogos.
“É uma situação insustentável, são dois meses de atraso no salário, contas atrasadas, compromissos pessoais que estão deixando de ser pagos e ainda convivemos com uma situação precária na estrutura que o clube nos oferece”, disse um dos Atletas.
Segundo os jogadores até a água do alojamento onde o grupo está hospedado foi cortada essa semana por falta de pagamento. “A luz também soubemos que está atrasada e pode ser cortada a qualquer momento”, afirmou.
O grupo relatou ainda um tremendo constrangimento passado na ultima semana, quando os atletas fora “barrados” na academia onde fazem a preparação física, já que o clube também estaria com dois meses de atraso na mensalidade. “Só conseguimos treinar depois que uma pessoa praticamente implorou para que pudéssemos fazer a academia e se comprometendo a acertar o pagamento”, disse.
A situação não é nova. A dificuldade em honrar com os compromissos financeiros do clube se arrasta desde o início do ano ainda durante a participação da equipe no campeonato estadual, e as dificuldades se refletiu na eliminação precoce do clube que há dois anos não deixava de participar das finais do campeonato.
“Tentamos fazer nossa parte da melhor forma possível, estamos invictos aqui dentro de casa, mesmo com todas as dificuldades até para treinar, ganhamos o primeiro jogo do brasileiro, mas sem estrutura adequada para treinamento, sem a tranquilidade de conseguir honrar nossos compromissos, fica difícil”, concluiu.
Ao Folha MS, o tesoureiro do Corumbaense, Luís Bosco Delgado, confirmou as dificuldades enfrentadas pelo clube. Antes da estreia do campeonato brasileiro, foi cogitada inclusive, a possibilidade do time não participar da competição.
Segundo ele, os atrasos são ocasionados pela falta de repasses dos patrocinadores. “O momento também não tem sido bom para os patrocinadores do clube que acabam por não repassar o valor acertado em dia, a única receita que estamos tendo é do futebol, o que não é suficiente para suprir nossas necessidades”, disse.